As Minhas Páginas

terça-feira, 19 de julho de 2011

Mais uma semana

Peso idêntico - 112.5kg hoje.

Cada refeição que tenho feito tenho tido consciência do que estou a fazer. Tento mastigar mais devagar e por pedaços de comida mais pequena á boca. Inclusive troquei o meu garfo por um mais pequeno hehe.

Sábado fui á loja do cidadão para tirar o passaporte, mas chegamos lá tardito e já não foi possível. Então decidimos dar uma volta pela baixa do Porto. Ao tempo que já não fazia isso. Passamos por joalharias com ideia de ir ver alianças, mas não consegui entrar. Via o meu reflexo nas montras e não gostava da minha imagem. Com a auto-estima assim embaixo não consigo tratar de nada que seja relacionado com o casamento.

No Domingo á noite fiz a frango estufado com cogumelos e soja e caiu-me tão mal que estive enjoada ate adormecer. Ainda bebi um chá a ver se o estômago acalmava, mas nada.

Ontem andei com mudanças de escritório no trabalho. Cheiros a tinta, diluente e outros cheiros fortes fizeram com que ficasse outra vez enjoada. Também o facto de estar nervosa e ansiosa não deve ajudar.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A contar os dias para a consulta

A contar os dias para a consulta - (faltam 11).
Não há nada que eu queria mais neste momento do que recuperar o meu bem estar, físico e psicológico.

Nestas semanas já tenho tentado controlar o meu vicio pela comida e a tentar fazer as melhor escolhas, mas nem sempre com sucesso, pelo menos a balança não se mexe – hoje marcava 112.4kg / IMC = 37.13
Eu sei que depois da operação, não tem volta a dar. Vou ser obrigada a estar um tempo só a líquidos e depois só a papas e quando poder comer normalmente vão ter de ser porçõezinhas racionadas, super mastigada porque senão não tem como caber no estômago.
Isso não me assusta, na verdade o que me assusta mais é o médico dizer-me que não sou candidata. A operação em si e o resto, para já estou confiante nos profissionais. Eu sei que há efeitos secundários, e algumas complicações pós operatórias podem surgir, mas para já ainda não estou preocupada.

Estamos quase no fim de semana. Eu tenho andado tão esgotada a nível de trabalho e outras preocupações que a minha cabeça parece nem descansar quando durmo. Mas amanhã ainda não vai ser tempo de descanso. Tenho de ir com o noivinho á loja do cidadão para que ele faça o pedido do passaporte. Preciso de marcar os voos para a nossa Lua de Mel, enquanto há voos mais baratos.
Ao menos enquanto estou fora de casa controlo o ímpeto assaltar a despensa.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Primeiro passo - Consulta

Depois do fim de semana vem a introspecção e a culpa.

Os súbitos ataques á despensa, o pouco exercício físico, a balança continuar a teimar nos altos e baixos.

Hoje, e depois de já ter considerado bastante sobre esta opção, liguei para a clínica do Dr. António Sérgio (especialista em cirurgias de obesidade) e marquei uma consulta com ele.
A razão pela qual custou tanto a marcar é que se for em frente com  operação, vai sair tudo do meu bolso, o que significa que o dinheirinho que eu estava a guardar para a casa nova vai ter de desaparecer por um ano. Isto deixa-me triste, parece que dou um passo a trás e na verdade acaba por ser isso. No ano passado pesei 80kg, este ano pesei 118kg. No ano passado gastei mais de 3mil euros em tratamentos e passados poucos meses o meu corpo estava de volta ao que era.

Eu não quero ser uma gorda crónica. A minha ultima nutricionista disse-me que o corpo retém uma memória genética que só passados cerca de 2 anos de se manter num certo peso este consegue identifica-lo como peso normal. E que quem é gordinha e faz dietas rápidas acaba por ganhar de volta porque o corpo luta e actua como um mecanismo de defesa - ora se ficou 6 meses em fome, vai querer salvaguardar-se para outro possível ataque, e tudo que é ingerido passa a ser absorvido e o nosso corpinho vai aumentando gradualmente até quando nos damos conta já estamos com o peso todo outra vez.

Eu quero ter uma vida normal, na verdade tenho praticamente tudo para ser feliz. O que me falta é mais actividade, e se me privo dessa actividade é porque tenho vergonha do meu corpo. No ano passado quando estava com 80kg e ainda longe do peso ideal, estava tão feliz! Fui de férias para o Algarve, vesti fato de banho, apanhei sol, nadei na piscina - coisa que já não fazia á tanto tempo. Fui a concertos, acampei com amigos, dancei - senti que me encaixava e não sentia vergonha do meu corpo.

Este ano durante o curto período que estive grávida fiquei super assustada. Com 11 semanas de gravidez estava a pesar 118kg. O imaginar-me com a chegar ao fim da gravidez assustou-me tanto, quanto mais iria eu engordar? Seria eu capaz de me mexer bem durante a gravidez? E depois? quando o bebé nascesse como é que iria ser? Eu não quero ser a mãe obesa que não vai com o filho para a praia e pouco brinca com ele. Quero estar em forma para poder brincar com ele no chão sem me doer os joelhos. Poder correr a trás dele quando este tiver aprendido a andar.
Quando soube que tinha uma gravidez não evolutiva e iria ter de abortar fiquei de rastos, mas agora entendo como uma possibilidade de conseguir planear a gravidez num corpo mais saudável.

Bem, dia 26 de Julho vou ter a consulta com o doutor António Sérgio, vamos ver como corre e o que ele recomenda.

Assumindo responsabilidade pelo meu corpo.
futura ex-gordinha

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